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As Crias do Galo, berço de grandes talentos do passado, tem ganhado grande destaque e importância junto a atual diretoria e seus investidores e é considerada de vital importância para o futuro do clube. Elas estão passando por um profundo processo de reformulação, porém, ainda é recente. Demorou, mas o Galo voltou a investir em suas categorias de base.

Podemos dizer que tudo isso começou efetivamente em 2017…

O Clube Atlético Mineiro que passava, ou melhor, ainda passa, por uma situação financeira delicada, percebeu tardiamente que formar atletas seria uma das alternativas de fonte de receita e de resgate a sua história.

Então, com a eleição do presidente Sérgio Sette Câmara, e a posse de Marques Batista de Abreu, como Coordenador. O Galo inicia a recuperação de suas categorias de base depois de muitos anos deixada de lado.

Sob nova direção, os departamentos de nutrição, psicologia, análise de desempenho, infraestrutura, entre outros, passaram a receber novos investimentos, tanto financeiro, quanto de novos profissionais, e aos poucos o clube voltava seus olhares para aquele lugar, que um dia, havia sido um celeiro de craques.

Marques, como coordenador contribuiu muito nesta etapa inicial de reconstrução, e devido ao seu bom trabalho, ganhou uma oportunidade como Diretor de Futebol Profissional em 2018, onde acumulou ambas as funções, até seu desligamento em 2019.

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Para seu lugar, foi contratado Júnior Chávare, profissional renomado e com um modelo de gestão totalmente diferente do coordenador anterior (foco na captação de jovens atletas prontos). E aí, o Atlético talvez por com uma ânsia de acelerar processo e/ou por ainda não ter uma diretriz consolidada, em minha opinião, comete um grande erro, pois foi uma mudança radical e oposta a sua origem gloriosa de formação a muito abandonada.

Sob o comando de Chávare, a base do Atlético foi campeã brasileira Sub-20. - Foto: Divulgação/Atlético
Sob o comando de Chávare, a base do Atlético foi campeã brasileira Sub-20. – Foto: Divulgação/Atlético

A mudança não durou muito tempo. Em 2020, com a chegada da nova diretoria encabeçada pelo presidente Sérgio Coelho, Erasmo Damiani assume o cargo e junto com eles chega a realidade da profissionalização.

As Crias do Galo desde então, vem sofrendo uma grande transformação. Profissionais gabaritados estão sendo aproveitados em novas funções onde podem ser mais produtivos e outros são contratados para agregar qualidade ao projeto. Tudo sendo realizado com muito cuidado e profissionalismo. E assim gradativamente vão reconduzido o clube de volta à suas raízes.

Afinal, transformar uma categoria de base ”sucateada”, em referência, não é uma tarefa fácil. Além de investimento precisa-se de no mínimo três condições fundamentais: um trabalho de médio a longo prazo, estrutura profissional de qualidade e principalmente uma política interna de formação consistente, robusta e bem definida pelos gestores da instituição.

O Clube Atlético Mineiro com esse projeto voltado para revelar jogadores oriundos de sua base, gera ansiedade, expectativa e esperança em seu torcedor, de que dias esplendorosos retornarão o mais breve possível.

Estamos no caminho certo: antes tarde do que nunca!

Por: @JF_JulioFurtado/@terreirodogalo_

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Foto da capa: Bruno Souza/Atlético
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