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A base vem forte? Esta é uma pergunta que me fazem com certa frequência. Para respondê-la, primeiramente temos que compreender o contexto histórico da base do Atlético-MG. Apesar de nas últimas décadas o Galo não ter revelado muitos atletas, o Clube Atlético Mineiro sempre formou grandes jogadores ao longo de sua história, tais como: Zé do Monte, Vantuir, Grapete, Marcelo Oliveira, entre outros. Mas foi no fim da década de 70, início dos anos de 80, que as Crias do Galo tiveram seu maior destaque.

Formado nas categorias de base do Atlético-MG, Marcelo Oliveira defendeu o clube como treinador e jogador. - Foto: Divulgação/Atlético
Formado nas categorias de base do Atlético-MG, Marcelo Oliveira defendeu o clube como treinador e jogador. – Foto: Divulgação/Atlético

No Esquadrão Imortal, time base do Hexacampeonato Mineiro (1978-83) e Vice-Campeão Brasileiro de 1980, figuravam como destaques da equipe, nada mais, nada menos que 9 jogadores: O goleiro João Leite, o lateral direito Alves, os meias Geraldo, Heleno, Renato Queiroz, Toninho Cerezo e os atacantes Paulo Isidoro, Catatau e Reinaldo, o melhor e um dos maiores ídolos da história do Galo. Com tantas Crias do Galo em evidencia, a massa atleticana passou a se orgulhar com veemência de suas categorias de base.

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Porém, com o passar do tempo, as mudanças do futebol e suas de prioridades, a base do futebol brasileiro sofreu grandes impactos e não seria diferente com a base do Galo. Os times do Brasil cada vez mais diminuíram os seus olhares para seus possíveis jovens talentos, mudando seu foco, para o mercado de jogadores prontos e cada vez menos passavam a revelar jogadores formados no próprio clube. Obviamente, isso contribuiu para um grande rombo nos cofres dos clubes dos brasileiros em longo prazo.

Mas voltando a Atlético. Qual foi o impacto da mudança da política de formação de atletas no clube? Essa resposta tenho certeza que o leitor já conhece…

Primeiramente, como já era de se esperar, a torcida ficou muito exigente em relação a qualidade as Crias do Galo que subiam para o profissional, afinal de contas, a base do Galo era considerada um grande celeiro de craques que cada vez menos se destacavam na equipe principal. Tinha também a grande cobrança pela competitividade e a ausência de grandes títulos, que gerou um considerável aumento em gastos com contratações e consecutivamente um desinvestimento na formação de atletas, gerando um endividamento cada vez maior do clube e um sucateamento de sua categoria de base, que foi agravado principalmente nos anos 90.

Obviamente com a “quebradeira” geral dos clubes devido à má gestões e a mudança da política de formação, no final desta década (90) e início dos anos 2000 os olhares os clubes se viram obrigados a resgatar a sua base e o Atlético, reiniciou tardiamente este processo.

O Galo com categoria de base abandonada e sem dinheiro em caixa, o Galo inicial uma real reformulação no final da década de 2010. Sim no final. Sei que muitos podem dizer, mas o Galinho foi campeão da Copa do Brasil Sub-17 em 2014, Sub-15 em 2015 e Sub-20 em 2017. Sinceramente, coisas do acaso ou destino como queiram.

Massa Atleticana a realidade é. O Galo efetivamente inicia o replanejamento da sua base, de maneira efetiva em 2017, mudando de rumo novamente a sua política interna de formação e tentando resgatar e retornar as suas origens.

Depois dessa longa contextualização histórica, poderei responder à pergunta. A base vem forte?

E a resposta é…

As Crias do Galo desde 2017 vem passando por um profundo processo de reformulação, porem esta reformulação não acontece do dia para noite. É um processo lento, minucioso, com erros e acertos, mas que já mostra resultados produtivos e promissores podem ter certeza.

Porem deste processo de reestruturação falaremos mais em outra oportunidade. Aguardem! 

Por: @JF_JulioFurtado/@terreirodogalo_

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Foto da capa: Bruno Souza/Atlético
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