Com 255 gols marcados em 475 jogos com a camisa alvinegra, além de ser o maior artilheiro da história do clube, o atacante Reinaldo é, para muitos torcedores, o maior ídolo da história do Atlético-MG. Lembrado não somente pelo desempenho dentro das quatro linhas, o Rei, como é carinhosamente chamado, fez de sua carreira um importante agente social na luta contra desigualdades e, principalmente, o autoritarismo governamental.
Afinal, para o atleticano, o punho direito cerrado é muito mais que apenas um gesto. É um sinal de resistência, contra aqueles que, de alguma forma, tentaram impedir a prática do esporte em sua essência, dentro e fora de campo. Considerado como o melhor de sua geração ao lado de Zico, Reinaldo e seus companheiros fizeram do Galo uma referência no futebol nacional. Entretanto, por fatores que não vêm ao caso no momento, faltou ao Rei o título de expressão, o tão sonhado Campeonato Brasileiro, apesar da conquista de oito edições do Campeonato Mineiro.
Agora, em 2021, 36 anos após o término de sua carreira profissional, Reinaldo é, finalmente campeão brasileiro, dessa vez, como torcedor do Atlético. Na reta final do campeonato, inclusive, o ex-jogador foi um personagem bastante lembrado pela torcida, participou de transmissões ao vivo na TV Galo e teve o privilégio de levantar a taça, em jogo diante do Red Bull Bragantino, no dia 05 de dezembro.
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E, nesta sexta-feira (10), em premiação do “Bola de Prata”, evento promovido pela ESPN, Reinaldo foi lembrado na categoria “Reflexões”, por sua luta dentro (com suas comemorações) e fora (com seus discursos) dentro dos gramados. Como se não bastasse o que fez no passado, o ex-atacante fez mais uma crítica à sociedade. Confira:
— É muito significativo, para todos nós brasileiros. Nós do Clube Atlético Mineiro, que vivemos esse grande momento, de alegria e emoção por conquistar o bicampeonato, a história do nosso clube mostra que somos resistência. Como povo brasileiro, devemos sempre lutar, lutar e fogo nos racistas.