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Torcedoras sofrem assédio no Mineirão; Minas Arena disse que está apurando as denúncias.

Nesta semana, o Mineirão reservou imagens inesquecíveis para os amantes do futebol. Uma verdadeira festa. Mas, camuflado por tantas cenas de felicidade e êxtase, há um lado sombrio do futebol, que insiste em frequentar os campos: o machismo. Lutar por respeito em um espaço predominantemente masculino é a rotina de mulheres que querem fazer do futebol um cenário também delas, o que é um direito, numa sociedade democrática.

Nos últimos dois jogos do Atlético no Mineirão, dois boletins de ocorrência foram registrados em decorrência desse tipo de violência. O Galo disse que se solidariza com as vítimas e promete agir para tentar acabar com essa situação de desrespeito. A Minas Arena informou que está apurando os fatos.

O caso da torcedora Débora Cotta, de 25 anos, chamou atenção. A torcedora reclamou da gestão de segurança da Minas Arena e relatou o constrangimento que viveu. “No começo do segundo tempo, eu fui buscar cerveja quando um homem veio até mim, me agarrou e me deu um beijo na boca à força. Logo, ele saiu correndo, eu fui atrás, e na hora da raiva eu bati nele com chutes e socos. E, pasmem, enquanto eu gritava que ele tinha acabado de me agarrar, a única pessoa que me ajudou foi uma moça, que me abraçou e me levou até os guardas”, disse.

Já no jogo contra o Grêmio, no dia 3 de novembro, a estudante Karinne Marques Guimarães, de 21 anos, também foi vítima de assédio sexual no Mineirão. De acordo com o Boletim de Ocorrência, ela estava na fila dos bares do setor superior vermelho quando um indivíduo alto, gordo, branco, de barba ruiva, boné preto, bermuda cinza e com aliança destacada no dedo anelar, aparentando ter mais de 30 anos, ficou muito próximo das costas dela, quase encostando. 

Karine se afastou do indivíduo, mas ele foi atrás dela e voltou a ficar perto da torcedora. Foi quando ocorreu a violência. O ato foi presenciado por um casal. A segurança particular foi acionada e conteve o torcedor.

No clássico contra o América que ocorreu no dia 7 de novembro, a atleticana Lívia Barcelos, também registrou sua péssima experiência no estádio.

A torcida organizada feminina da Galoucura se manifestou sobre os caso.

Torcida Organizada se manifestou sobre caso: Torcedoras sofrem assédio no Mineirão em jogos do Atlético-MG

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A Minas Arena, que administra o Mineirão, informou que é importante este tipo de denúncia e avisou que está apurando os fatos. O Mineirão informa que vem aprimorando o treinamento de seus prestadores de serviço e tem trabalhado para o melhor acolhimento das torcedoras. “É importante que denúncias como essa sejam feitas para que o estádio leve ao conhecimento das autoridades policiais”, informou em nota a assessoria do estádio.

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