No primeiro clássico entre Cruzeiro e Atlético na temporada, hoje, com um gol do atacante Airton, o Cruzeiro levou a melhor. O jogo que marcou o centenário do superclássico, teve, como de costume, uma tônica “travada”. Somando as duas equipes, 6 cartões amarelos e dois vermelhos, para William Pottker e Hulk, que devido a um desentendimento, foram “para o chuveiro” mais cedo. Com o resultado, o Galo decepciona a torcida, que tinha expectativa de uma vitória, ou, até mesmo, uma goleada alvinegra.
Primeiro tempo
Na escalação, o técnico Cuca promoveu cinco mudanças em relação ao time que enfrentou o Pouso Alegre: Talison, Réver, Zaracho, Hulk e Eduardo Sasha deram lugar a Guga, Igor Rabello, Tchê Tchê, Savarino e Eduardo Vargas, respectivamente. Inclusive, a partida de hoje marcou a estreia do volante, que foi contratado na última semana.
Escalado em uma espécie de 4-3-3, na primeira etapa, a qualidade técnica dos jogadores do Atlético foi ofuscada pela obediência tática do Cruzeiro, que, formatado em um “espelho” do adversário, conseguiu neutralizar Keno e Savarino pelos flancos e congestionou o meio-campo. Dessa forma, Nacho Fernández, que havia se destacado em todas as partidas que esteve em campo, não conseguiu criar oportunidades claras de gol.
Segundo tempo
Futebolisticamente, o segundo tempo foi melhor que a primeira metade do jogo. Sem alterações no intervalo, Cuca tentou levar a equipe “na conversa”. Enquanto Isso, mesmo sem tanta inspiração técnica, o Cruzeiro começou a levar perigo. Após dois lances que assustaram pelo lado celeste, Nacho, em um dos raros lampejos no jogo, lançou Vargas na cara do gol; o chileno avançou e bateu rasteiro, Fábio, agora recordista de aparições em clássicos (65), caiu certo e operou um milagre.
Como no ditado: “quem não faz, leva”, no lance seguinte, após tabela entre Rafael Sóbis e Airton, o camisa 7 celeste saiu “cara a cara” com Everson, bateu firme e inaugurou o placar no Mineirão. Essa, inclusive, foi a segunda vez que o Atlético saiu atrás do marcador na temporada. Diante do Tombense, com gols de Marrony e Gabriel, o alvinegro conseguiu a virada. Neste domingo, o resultado foi mesmo a derrota.
Após o gol da Raposa, apenas Keno, de cabeça, e Nacho, em um chute de fora da área, levaram real perigo ao gol de Fábio. Nos acréscimos, os atacantes Hulk, do Atlético, e William Pottker, do Cruzeiro, foram expulsos depois de um “empurra-empurra” que quase resultou em uma confusão generalizada.
Em síntese, na segunda derrota da nova “Era Cuca” no Atlético, diferentemente da expectativa do torcedor, faltou vibração e qualidade técnica dentro de campo. O próximo compromisso alvinegro é diante do Boa Esporte, na próximo domingo (18), no Mineirão.
Confira as equipes que entraram em campo:
Cruzeiro (1): Fábio; Raúl Cáceres, Weverton (Eduardo Brock), Ramon e Matheus Pereira; Adriano (Matheus Neris), Matheus Barbosa (Jadson) e Marcinho (Rômulo); Bruno José (William Pottker), Airton e Rafael Sóbis
Téc.: Felipe Conceição
Atlético (0): Everson; Guga (Nathan), Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan (Hyoran), Tchê Tchê e Nacho Fernández; Keno (Marrony), Savarino (Hulk) e Eduardo Vargas (Eduardo Sasha)
Téc.: Cuca
Foto: Pedro Souza/Atlético